LAmpiao

Iê!

O tempo voa, o tempo passa

Vai deixando no caminho 

Histórias que o povo fala

Fecho a porta e a janela

Mergulhando na lembrança

Do calor do meu sertão

Do famoso Virgulino

Conhecido Lampião

Matava cobra com a boca

Pegava onça com a mão

Corria atrás de raposa

E enfrentava um batalhão

Destemido e respeitado

Mesmo assim foi emboscado

Levado por traição

Cortaram sua cabeça

Para entregar pro capitão

E nesse dia todo cangaço parou

Só pra saber da notícia

Que em pouco tempo se espalhou

E hoje poucos guardam na memória

Se foi covardia ou glória

A história que aqui narrei

A morte de um grande homem

Que para muitos foi um rei

É lampa, é lampa, é lampa

É lampa, é Lampião